Autenticar Registar

Login to your account

Username *
Password *
Remember Me

Create an account

Fields marked with an asterisk (*) are required.
Name *
Username *
Password *
Verify password *
Email *
Verify email *

Trabalhar colaborativamente partilhando experiências e potenciando aprendizagens

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO AO SERVIÇO DA APRENDIZAGEM – TESTE EM 2 FASES

RAQUEL RAMOS

EXPOSIÇÃO:

A avaliação deve servir para orientar os alunos para a aprendizagem e, nesse sentido o teste em 2 fases é uma estratégia possível de servir este propósito.
Fase 1: O teste é preparado e realizado na sala de aula, deve incluir questões de todos os tipos garantindo uma distribuição dos itens por diferentes domínios (compreensão, relação, …) com determinada percentagem.
O teste é corrigido e, sem julgamentos, a docente incorpora na sua correção dicas de ajuda para melhorar cada resposta (ex: consultar a página xx do manual, deve ler com maior atenção a questão…) incentivando o aluno a procurar as respostas em falta, e incorpora, também uma classificação inicial.
Fase 2: Após devolver os testes aos alunos com as anotações e primeira classificação, o aluno é convidado a resolver novamente o teste. Esta atividade pode ocorrer dentro ou fora da sala de aula, geralmente com orientação do professor e este, recorrige a nova versão das respostas do aluno na expectativa de que ocorram melhorias na sua aprendizagem. No final pode ocorrer necessidade de nova verificação das aprendizagens hipoteticamente alcançadas através da colocação de algumas questões clarificadoras de dúvidas, a alguns alunos ou até a todos já na sala de aula.
A segunda correção é realizada, associando nova classificação. No final pode ser realizada uma média entre as duas classificações ou uma análise da evolução do aluno entre estes dois processos garantindo feedback.

DISCUSSÃO:
Da apresentação desta proposta discutiram-se outras sugestões/adaptações:

  • utilizar o questionamento em sala de aula, para todos ou apenas para alguns, incentivando a pesquisa (até no manual) da informação a apresentar nas suas respostas, identificar onde se encontram os conteúdos e discutir/debater essa informação;
  • apresentar um documento com possíveis dicas de resolução antes da realização da 2.ª fase de modo que os alunos se possam preparar melhor com antecedência e realizar esta 2.ª fase de resolução do teste com outra preparação;
  • considerando que um dos objetivos da avaliação é permitir que o aluno se consciencialize do seu percurso, das suas dificuldades e dos seus pontos fortes, os comentários a partilhar com os alunos devem ser claros e diretos, tal como devem ser clarificados os critérios de avaliação das diferentes disciplinas;
  • apesar da proposta inicial partilhar uma ponderação percentual na aplicação deste instrumento em duas fases, discutiu-se que talvez não houvesse necessidade dessa mesma ponderação invocando apenas a avaliação formativa do processo realizado.
RECURSOS:
Teste em duas fases
Vulcanismo - Teste em duas fases
Referencial de Desempenho
Tabela de especificações de avaliação

ESTRATÉGIA DE TRABALHO – TEXTOS ORIGINAIS BASEADOS NA OBRA DO “SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO AOS PEIXES” DOS ALUNOS DO 11.º ANO DOS CURSOS PROFISSIONAIS

ANA RITA ANTÓNIO

EXPOSIÇÃO:

A proposta de estratégia de trabalho da docente consistiu em trabalhar a produção escrita com um formato pré-determinado: o sermão do Padre António Vieira aos peixes, adaptando a estrutura do texto original à realidade que vivenciamos na atualidade, abordando assuntos da ordem do dia (racismo, xenofobismo, poluição, entre outros) mas realizando a aula fora do espaço da sala, tendo os alunos a escolher o espaço de trabalho, que acabou a ocorrer no bar dos alunos que tem vista para o mar.
No global, os alunos redigiram textos criativos e abordaram questões pertinentes da sociedade em que vivemos. Quanto ao género e formato textual, a docente constatou alguma diversidade, contudo foi evidente o esforço, por parte de quase todos os alunos, para se aproximarem da estrutura textual solicitada, havendo alunos que, efetivamente, conseguiram alcançar o objetivo pretendido. A estratégia foi repetida em 2 turmas com resultados diferentes. Por um lado, a primeira turma, o 11º5 do Curso Profissional Técnico de Desporto, foi aliciada com a aula fora da sala e correspondeu com motivação a essa proposta. A segunda turma, o 11º6 do Curso Profissional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural, apesar de haver dúvidas e dificuldades iniciais, acabou por corresponder ao que foi solicitado tendo-se, porém, revelado menos entusiasmada com a saída do espaço da sala. Esta constatação sublinha a diferença dos alunos e das turmas, e aquilo que funciona para uns, não funciona da mesma forma para outros. Com esta segunda turma funcionou o exemplo dos colegas; ou seja, a docente leu à turma excertos de um texto produzido por um aluno da outra turma, que se tinha aproximado do formato textual pretendido e houve logo alunos “a meter mãos à obra”. Depois, a docente repetiu a estratégia; primeiro pediu a uma aluna, que já tinha elaborado o seu texto e tinha atingido os objetivos propostos, para o ler à turma. Visto que a aluna recusou, apesar da insistência da docente, foi esta última que acabou por o fazer e, desta forma, conseguiu motivar os outros alunos da turma a concretizarem a tarefa.
 
DISCUSSÃO:
Desta apresentação constatou-se que:
  • os alunos apresentam respostas motivacionais diferentes mediante as mesmas estratégias de atuação e discutiram-se alguns exemplos diferentes da estratégia apresentada;
  • muitas vezes os trabalhos dos alunos revelam criatividade/desempenho não esperados mediante resposta a uma ação com maior grau de liberdade na execução ou quando se introduz mudanças na regularidade (neste caso o espaço de trabalho), pelo que garantir alguma variabilidade na tipologia de aulas poderá trazer benefícios ao processo de ensino-aprendizagem, particularmente, incrementando a motivação dos alunos face à concretização de uma tarefa;
  • neste sentido, destacaram-se como estratégias diferenciadoras a diversificação do espaço de trabalho, nomeadamente a saída da sala de aula para um espaço exterior e o exemplo dos colegas, tendo as mesmas produzido efeitos positivos. Salienta-se, assim, a necessidade de haver não apenas uma, mas mais do que uma estratégia a implementar.

RECURSOS:
Excertos produções escritas baseados na obra Sermão de Santo António aos peixes

COMO FAÇO NA MINHA SALA DE AULA

FÁTIMA DUARTE PINHEIRO
EXPOSIÇÃO:
A preparação de uma aula deve ser planificada centrando o processo no aluno. Para isso, os recursos utilizados devem ser explorados com uma metodologia própria, incentivando os alunos a questionar e a descobrir os conteúdos por si com orientação do professor.
Com esta tónica, sugeriram-se formas de atuação face a alguns recursos específicos:
  • Fichas de Trabalho / Debates: As propostas de resolução ou de discussão são apresentadas pelos alunos aos colegas que mostram a sua concordância/discordância, acrescentando informação até se concluir/corrigir/completar cada resposta ou intervenção;
  • Questionamento: As diferentes questões são direcionadas para ir ao encontro do que se pretende, considerando-se o processo em fases ou etapas em que o tema é explorado gradualmente até se chegar a uma conclusão. Essa conclusão é redigida em síntese e volta a ser explorada para ajudar à consolidação;
  • Apresentação / Vídeo: Estes recursos devem ser explorados com recurso a um guião com o objetivo da tarefa a realizar e devem incluir questões que podem ser exploradas durante ou no final da apresentação do recurso de forma a manter a atividade interativa reduzindo a passividade da assistência;
  • Modelos e Mapas: O conteúdo é apresentado sempre com questionamento relacionando o tema com as imagens utilizadas, independentemente da sua fonte (manual, apresentação...), e também direcionando para locais (página xx, local xx) onde se pode encontrar informação acerca do assunto, ou para poderem responder às questões, ou esclarecer uma dúvida, ou para apenas revisitar o conteúdo;
  • Trabalhos de Pesquisa: A organização deste trabalho deve ser orientada para um trabalho de grupo cuja constituição deve ser equilibrada e incluir alunos mais confortáveis com a temática, mas, também, outros que revelam maiores dificuldades. Os temas devem ser distribuídos, assim como um guião para a sua exploração concreta. O trabalho produzido deve ser alvo de uma primeira correção a partir da qual se fornecem sugestões de melhoria de forma que o grupo de trabalho possa completar a primeira versão concretizando a tarefa com sucesso e responsabilidade.
  • Relatórios da Atividade Laboratorial: Estas tarefas devem ser acompanhadas por um guião do que se pretende facilitando a sua concretização e garantindo que os alunos não dispersam na reunião da informação a apresentar e mantendo o foco nos objetivos da atividade.
A consolidação dos conteúdos deve ocorrer sempre com a organização de um debate acerca do tema abordado, com questionamento dos alunos sobre o assunto e, só depois, realizar a verificação do que foi aprendido recorrendo a outros instrumentos de avaliação como a realização de uma ficha de verificação de conhecimentos.

DISCUSSÃO:
Da apresentação desta proposta discutiu-se os benefícios da aprendizagem por descoberta e sugeriu-se a discussão da padronização flexível dos documentos/ instrumentos/ estratégias utilizadas em sala de aula pelos próprios conselhos de turma, orientando o processo e o trabalho dos alunos de forma equivalente em cada disciplina. Salientou-se a pertinência do feedback permanente ou oral ao aluno, nomeadamente sobre o que fazer, como fazer, onde pesquisar ou onde aprender/esclarecer para que este seja bem sucedido nas suas aprendizagens.

A UTILIZAÇÃO DA MESA DIGITALIZADORA COM O ONENOTE

LEONEL OLIVEIRA
EXPOSIÇÃO:
Esta parte da sessão foi mais prática apresentando-se, inicialmente, a mesa digitalizadora e as suas funcionalidades como instrumento útil na apresentação de conteúdos, essencialmente, de forma digital. Explorou-se, também, o OneNote, e o Bloco de Notas agregado ao Microsoft Teams, explicando-se as configurações ao nível da criação de sessões, páginas e respetivos títulos, utilização de diferentes grelhas (quadro branco, linhas, quadrículas) e a sua agregação a outras aplicações que podem promover um trabalho de pesquisa ou a reunião de ideias para expor – padlet -ou até responder a um questionário com recurso ao kahoot ou até a utilização de jogos educativos através do educaplay.
 
DISCUSSÃO:
Esta apresentação permitiu mostrar como podemos utilizar a tecnologia em benefício das aprendizagens, utilizando-a em contextos particulares, como ocorreu no período pandémico, ou como continuou a ocorrer com o isolamento profilático individual dos alunos e professores permitindo o acompanhamento das aulas por elementos que não podiam estar presentes em sala de aula, mas que reuniam condições para acompanhar os temas em discussão sem prejuízo maior gerado pelas ausências, por vezes prolongadas. Mais do que isso, nesta sessão houve, ainda, oportunidade de explorar a integração de diferentes aplicações em contexto de sala de aula como forma de manter os alunos a trabalhar recorrendo à tecnologia.
 

EstudaFQ.pt – SALA DE AULA INVERTIDA E APRENDIZAGEM PERSOLANIZADA

MARCO PEREIRA
EXPOSIÇÃO:
A sessão sobre o EstudaFQ.pt apresentou uma forma de aprender baseada na sala de aula invertida. O Pe. João Vieira foi uma referência enquanto professor de matemática e serviu de inspiração ao docente na produção trabalhos de casa onde fichas de trabalho com 5 a 8 exercícios eram apresentadas aos alunos duas vezes por semana, para depois serem corrigidas e avaliadas com uma menção avaliativa qualitativa. Esta situação conduziu à questão de como enviar estas fichas para os alunos e onde criar um grupo de trabalho mais dentro dos interesses dos alunos. A dúvida gerou uma pesquisa acerca das redes sociais onde os jovens estavam mais presentes. Após análise cuidada de todas as condicionantes associadas às várias possibilidades, os alunos sugeriram a criação de um blog que culminou com a criação do site “EstudaFQ.pt” no ano 2017/2018. Este lançamento implicou alguns pré-requisitos como o alojamento Web, a plataforma, o domínio, o certificado SSL e a criação de um símbolo com significado. Depois iniciou-se o trabalho, ao longo dos anos, de disponibilizar os inúmeros recursos de trabalho atuais, como resumos, simulações, aulas em vídeo, fichas de trabalho por nível (desde iniciação até avançado) com complexidade crescente, fichas de carácter formativo, questões-aula, testes ou relatórios simplificados das atividades experimentais, sempre por ano de escolaridade e por disciplina, para ensino regular e profissional. Como os materiais foram sempre disponibilizados de forma a poderem ser editados, ocorreu grande procura e o pressuposto foi o de garantir que os alunos pudessem aprender sozinhos ou garantir alguma ajuda àqueles que não conseguem aprender de forma individual. Gerou-se uma necessidade de maior apoio aos alunos. Os alunos mais rápidos a aprender disponibilizaram-se para ajudar aqueles com mais dificuldades criando-se uma comunidade que cresce autonomamente através do Discord – Chat, em canais de texto e de voz. O feedback acerca do sítio de internet e dos canais de ajuda tem sido extremamente positivo e há alunos que colaboram intensamente para ajudar aqueles que colocam dúvidas mais frequentemente. Salientou-se que algumas aulas em vídeo apresentam, neste momento, mais de 44 mil visualizações e são utilizadas em todo o país e até fora dele para aprender mais sobre a disciplina de Física e Química.
Esta exposição permitiu conhecer melhor a página de internet e os materiais nela disponibilizados, mas, fundamentalmente, mostrou que é possível utilizar outras formas de comunicar para chegar a mais alunos, quer da nossa escola, quer de outras escolas além-fronteiras. Permitiu, ainda, reunir algumas dicas para que outros professores usem da mesma lógica e invistam em formatos diferentes para atrair mais jovens para aprender e partilhar o seu conhecimento.

DISCUSSÃO:
Nesta apresentação surgiram algumas dúvidas acerca da criação e manutenção destas estratégias de apresentação de informação que foram esclarecidas, da mesma forma que se explicou com brevidade como se estabeleceram os contactos para a criação da comunidade no Discord e o seu funcionamento numa lógica alargada de aprender em sociedade, reconhecendo-se grande valor na estratégia montada, especialmente por alcançar alunos e professores de várias escolas do país e fora dele, entre os países que partilham da língua portuguesa.

RECURSOS:
Estuda FQ

AVALIAR PARA ENSINAR A APRENDER

CLÁUDIA COSTA
EXPOSIÇÃO:
A exposição deste tópico teve como objetivo dar algumas pistas sobre como utilizar a avaliação de forma regular em prol da aprendizagem. Apresentaram-se estratégias usadas para compreender o que o aluno já sabe num determinado momento, como sabe, o que precisa aprender, e como, no final desse processo, se recolhem elementos capazes de contribuir para realizar um juízo globalizante quando é preciso atribuir uma classificação ao conjunto das aprendizagens realizadas. Dessa forma aproveitou-se para legitimar a avaliação diagnóstica de uso regular, quer através da utilização dos famosos testes diagnósticos, quer através da utilização do questionamento, debate, brainstorming, entre outros, e como se pode utilizar a informação recolhida para delinear estratégias de ação para o futuro visando o que se pretende que os alunos aprendam. Explorou-se a avaliação formativa através da concretização de variadas tarefas como o resumo da aula anterior, a resolução de mini fichas ou questões-aula, a resolução de exercícios e/ou problemas em sala de aula, o desenvolvimento do trabalho cooperativo com sugestão de tarefas com cronómetro, a concretização do trabalho de grupo e das atividades laboratoriais e/ou a elaboração de relatórios orientados e a importância da presença frequente da autoavaliação como meio regulador das aprendizagens dos próprios alunos. Abordou-se a importância dos registos individuais, confusos ou organizados no caderno diário do professor como contributo para delinear estratégias de ação com foco no que se pretende que os alunos aprendam e a importância da participação dos pais neste processo de reconhecimento do empenho dos seus educandos na aprendizagem. Neste âmbito, focou-se como o feedback professor-aluno permite colaborar com o aluno para este crescer e evoluir aprendendo, mas, também, como o feedback aluno-professor pode contribuir para definir ações visando o mesmo fim. Finalmente, abordou-se a subjetividade da avaliação sumativa final e a utilização das grelhas como forma de iniciar uma análise cuidada das aprendizagens efetivamente alcançadas pelos alunos e da sua evolução ao longo do ano letivo e, portanto, da pertinência da colaboração dos próprios discentes neste processo final, ou até de outros elementos que possam contribuir para clarificar este juízo final.
A conclusão apresentada foi no sentido de mostrar que a avaliação formativa é uma prática comum a todos, ainda que tantas vezes seja concretizada sem consciência formal da sua utilização e é importante na regulação das aprendizagens de forma a garantir a partilha de toda a informação que permita aos alunos melhorar a sua capacidade aprendente. No entanto, esta atitude também se revela ambiciosa porque traz desafios a ultrapassar e dificuldades que é preciso aprender a gerir para fazer melhor e de forma mais eficiente a cada dia.

DISCUSSÃO:
Nesta sessão partilharam-se outras dificuldades dos presentes relativas à implementação da modalidade de avaliação formativa e da concretização da avaliação sumativa final com base nos elementos/dados recolhidos. Apesar do interesse no tema, faltou tempo para abordar com maior pormenor as estratégias usadas por cada um para corresponder às exigências atuais.

RECURSOS:
Avaliar para ensinar a aprender
TD
AutoAv10
Autoavaliação - Grelha 1
A.L 1.1
Feedback1
Trabalho Cooperativo

AVALIAÇÃO COM SENTIDO

GILDA SOUSA
EXPOSIÇÃO:
A sessão com o tema “Avaliação com sentido” pretendeu indagar o público sobre o que é de facto prioritário, sobre a necessidade de se encontrarem novos rumos, metas bem definidas para mudar o que não está bem, reestruturar o que fazemos enquanto professores, foi uma sessão provocatória.
Em termos globais, discutiu-se a avaliação diagnóstica que valoriza o que está para trás em termos de conhecimentos e permite-nos identificar o que é prioritário trabalhar. Embora não tenhamos tempo para um registo diário pormenorizado, há informações que são muito pertinentes conhecer, são fundamentais. É necessário colocar problemas e dar espaço aos alunos para os explorar, para serem participativos e criativos. Com tantas estratégias disponíveis para realizar avaliação formativa, e sabendo que esta privilegia a aprendizagem no contexto da informação integral do aluno, será o teste de avaliação assim tão importante? Será mais pertinente desenvolver uma avaliação que quantifica ou trabalhar uma boa aquisição de conhecimentos? É mais importante saber dizer ou saber fazer?
Chegar a bom porto implica, também, boa vontade para fazer o que sempre fazemos, trabalhar com gosto. Obriga a flexibilizar os instrumentos de avaliação adaptando-os ao contexto do grupo-turma, não no sentido de lhes facilitar a vida, mas sim para melhorar a sua aprendizagem porque isso é o que de facto importa. É imprescindível dar tempo aos alunos para que possam expressar o que gostam e apreciam de forma que sejam interventivos e participativos sem se focarem apenas nos resultados. É preciso contribuir para que cresçam felizes, para que tenham prazer em aprender, é necessário trabalhar a motivação.
Será, também, fundamental recolher elementos que nos permitam atribuir um valor à avaliação e, para isso, é necessário estimular a curiosidade, é necessário guiar e ajudar a refletir, a esclarecer os conceitos pertinentes vivenciando cada momento. É essencial criar algum equilíbrio, contribuir para criar âncoras, guiar, conduzir e encontrar o rumo, ajudar a que os alunos vivam satisfeitos na escola e, portanto, conscientes de que estamos no mesmo barco, e nem todos remam no mesmo sentido, é vital gostar e valorizar o que se faz para que a ESCOLA seja AMIGA da CRIANÇA!

DISCUSSÃO:
Da apresentação desta proposta sentiu-se a aceitação da provocação como a necessidade de adequar as estratégias aos alunos, faltando alguma vontade para partilhar mais as estratégias de ação individuais dos professores, garantindo uma reflexão produtiva acerca do trabalho individual e coletivo para gerar sucesso. Esta partilha promove o trabalho colaborativo e conhecendo o trabalho de cada um permite-nos adequar o nosso para que evolua e seja rentabilizado de forma produtiva pelos alunos.

RECURSOS:
Apresentação

AVALIAÇÃO FORMATIVA

LASALETE PINHEIRO
EXPOSIÇÃO:
A proposta desta sessão visou a clarificação de vários conceitos respeitantes à avaliação formativa explorando possíveis estratégias de ação para a desenvolver em sala de aula.
Iniciou-se a apresentação com o conceito da Autoavaliação que exige a diversidade de estratégias e instrumentos que permitem a regulação da aprendizagem através do feedback dado às evidências do que o aluno aprendeu, e da interceção resultante da interação do aluno com o professor. Mas esta forma do aluno ser o próprio regulador da sua aprendizagem, também exige uma análise cuidada dos resultados para permitir identificar erros (meras etapas da aprendizagem). É a partir do erro que o aluno chega ao que está correto, e o aluno precisa sentir-se confortável para poder indicar onde falhou.
As aulas devem iniciar-se com a apresentação dos conteúdos a aprender, da mesma forma que se deve identificar onde se encontram esses temas, explorando o que se pretende que o aluno aprenda (objetivos da aprendizagem) e o que deve ser capaz de fazer com essa informação (critérios de sucesso).
A diversidade das estratégias em sala de aula deve ser promovida através da aplicação das TAF (Técnicas de Avaliação Formativa) que devem ser alvo de avaliação sem menções classificativas. Algumas destas técnicas apresentam-se sucintamente descritas em seguida:
  • Bilhete à saída: um exercício rápido que é realizado no final da aula e que depois é corrigido pela docente para identificar o que o aluno aprendeu e que deve ser alvo de feedback escrito;
  • Bilhete à entrada: implica um pequeno exercício para analisar o que o aluno sabe acerca de determinado assunto para delinear a estratégia a usar na exposição do que se segue;
  • Autoavaliação: pode ser realizada como lista de verificação das aprendizagens e pode ser anexada ao caderno para ser preenchida pelo próprio aluno que deve partilhar com o professor para identificar, essencialmente, os aspetos a melhorar/desenvolver/rever nas aulas seguintes;
  • Autoavaliação de conteúdos: aplicar no final de um capítulo/ domínio/ subdomínio/ tema abordando as aprendizagens alcançadas ao longo de várias aulas, e associar estes resultados à observação direta para verificação da necessidade de ajuda do professor para clarificar um ou outro conceito em cada momento;
  • Jogo do galo: organizam-se equipas de 2 jogadores e um árbitro, e criam-se “fichas” com 3 linhas e 3 colunas com exercícios a resolver no caderno e cujos resultados são apresentados nas linhas/ colunas/ diagonais após verificação da resolução pelo árbitro que precisaria verificar se tudo está correto e de acordo com a resolução que lhe terá sido previamente fornecida;
  • Boletins de voto: estratégia que pode ser utilizada com cartões coloridos de vermelho e verde, por exemplo, para assinalar, em dado momento, se os alunos concordam ou não concordam com uma opinião/ resposta/ resolução ...;
  • Copos coloridos: ao longo da aula usam-se 3 copos de cores diferentes; vermelho, amarelo e verde, para associar respetivamente às afirmações: não aprendi, estou com dificuldades e preciso de ajuda, ou aprendi, para, durante o trabalho autónomo, se identificarem os alunos a precisar de ajuda;
  • Resumo A-B-C: recorrendo a letras disponibilizadas em cartões, solicita-se aos alunos escolher um cartão ao acaso para que este seja capaz de associar a letra a um conteúdo trabalhado explorando o seu conteúdo em ambiente de sala de aula;
  • Rubricas de Avaliação: apresentam-se os critérios de avaliação e os níveis de desempenho ao aluno antes da realização de uma tarefa para que estes compreendam qual é o objetivo da TAF e o que se pretende que aprendam com a sua concretização.
Ao nível dos instrumentos de avaliação, foram apresentadas as “Dianas de Avaliação” como escalas de classificação gráficas para rapidamente se identificar o nível de entendimento/ compreensão dos alunos face a um conceito. Discutiu-se a importância das “listas de verificação de aprendizagens” que, estando de acordo com as rubricas de avaliação, rapidamente permitem ao aluno identificar o que está aprendido ou não. Também se exploraram possíveis grelhas de observação/registo onde se realizam os registos pertinentes sobre a execução das tarefas dos alunos ao longo do ano letivo, e a utilização de estratégias de questionamento ou até de observação direta.
Já no final da sessão voltou a discutir-se a importância da exploração do erro como apenas uma etapa para a aprendizagem que permite desenhar estratégias de atuação diminuindo os níveis de desmotivação dos alunos e melhorar a sua autoestima. Ainda foi apresentada a estratégia de dar feedback imediato, oralmente em determinado momento, e não imediato, a partir da análise da tarefa realizada. Neste feedback construtivo, deve incluir-se o que o aluno já conseguiu realizar, as falhas que cometeu e onde o próprio aluno pode pesquisar para melhorar a sua aprendizagem. A sessão terminou com a reflexão importante dos Encarregados de Educação face ao trabalho desenvolvido pelos seus educandos, através da facilitação da comunicação Escola-Família.

DISCUSSÃO:
Desta apresentação constatou-se que há dificuldades nos conceitos e sua clarificação uma vez que nem todos os intervenientes no processo educativo dizem o mesmo acerca dos mesmos temas, o que gera, também, dificuldades na operacionalização e na aplicação de estratégias e métodos diversificados de apresentação de conteúdos, assim como nos instrumentos de avaliação.
Concluiu-se que o investimento nestas estratégias de atuação de índole formativa deve ser incentivada especialmente nos primeiros ciclos de ensino uma vez que se acredita que este ganho na autonomia produzirá, da mesma forma, os seus frutos a médio e longo prazo, até aos ciclos de ensino finais.

RECURSOS:
Apresentação

Objetivos Critérios de Sucesso

Plano Aula Rubrica Avaliação

TAF 1

Lista verificação Aprendizagem 2

TAF 2

TAF 3

TAF 4

Lista verificação Aprendizagem 1

Escala Gráfica descritiva

Diana de Avaliação

Grelha de Observação


Usamos cookies
Este Sítio utiliza cookies. Alguns são essenciais para o pleno funcionamento da mesma, outros ajudam a melhorar a experiência do utilizador. Pode decidir se quer permitir o uso de cookies. Tenha em conta que ao rejeitar, pode limitar as funcionalidades do Sítio.