Trabalhar colaborativamente partilhando experiências e potenciando aprendizagens
- Testes em 2 fases
- Textos "Sermão Stº António aos peixes"
- Como faço na minha sala de aula
- A utilização da mesa digitalizadora com o OneNote
- EstudaFQ.pt – Sala de aula invertida e aprendizagem personalizada
- Avaliar para ensinar a aprender
- Avaliação com Sentido
- Avaliação Formativa
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO AO SERVIÇO DA APRENDIZAGEM – TESTE EM 2 FASES
RAQUEL RAMOS
EXPOSIÇÃO:
A avaliação deve servir para orientar os alunos para a aprendizagem e, nesse sentido o teste em 2 fases é uma estratégia possível de servir este propósito.
Fase 1: O teste é preparado e realizado na sala de aula, deve incluir questões de todos os tipos garantindo uma distribuição dos itens por diferentes domínios (compreensão, relação, …) com determinada percentagem.
O teste é corrigido e, sem julgamentos, a docente incorpora na sua correção dicas de ajuda para melhorar cada resposta (ex: consultar a página xx do manual, deve ler com maior atenção a questão…) incentivando o aluno a procurar as respostas em falta, e incorpora, também uma classificação inicial.
Fase 2: Após devolver os testes aos alunos com as anotações e primeira classificação, o aluno é convidado a resolver novamente o teste. Esta atividade pode ocorrer dentro ou fora da sala de aula, geralmente com orientação do professor e este, recorrige a nova versão das respostas do aluno na expectativa de que ocorram melhorias na sua aprendizagem. No final pode ocorrer necessidade de nova verificação das aprendizagens hipoteticamente alcançadas através da colocação de algumas questões clarificadoras de dúvidas, a alguns alunos ou até a todos já na sala de aula.
A segunda correção é realizada, associando nova classificação. No final pode ser realizada uma média entre as duas classificações ou uma análise da evolução do aluno entre estes dois processos garantindo feedback.
DISCUSSÃO:
Da apresentação desta proposta discutiram-se outras sugestões/adaptações:
- utilizar o questionamento em sala de aula, para todos ou apenas para alguns, incentivando a pesquisa (até no manual) da informação a apresentar nas suas respostas, identificar onde se encontram os conteúdos e discutir/debater essa informação;
- apresentar um documento com possíveis dicas de resolução antes da realização da 2.ª fase de modo que os alunos se possam preparar melhor com antecedência e realizar esta 2.ª fase de resolução do teste com outra preparação;
- considerando que um dos objetivos da avaliação é permitir que o aluno se consciencialize do seu percurso, das suas dificuldades e dos seus pontos fortes, os comentários a partilhar com os alunos devem ser claros e diretos, tal como devem ser clarificados os critérios de avaliação das diferentes disciplinas;
- apesar da proposta inicial partilhar uma ponderação percentual na aplicação deste instrumento em duas fases, discutiu-se que talvez não houvesse necessidade dessa mesma ponderação invocando apenas a avaliação formativa do processo realizado.
Teste em duas fases
Vulcanismo - Teste em duas fases
Referencial de Desempenho
Tabela de especificações de avaliação
ESTRATÉGIA DE TRABALHO – TEXTOS ORIGINAIS BASEADOS NA OBRA DO “SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO AOS PEIXES” DOS ALUNOS DO 11.º ANO DOS CURSOS PROFISSIONAIS
A proposta de estratégia de trabalho da docente consistiu em trabalhar a produção escrita com um formato pré-determinado: o sermão do Padre António Vieira aos peixes, adaptando a estrutura do texto original à realidade que vivenciamos na atualidade, abordando assuntos da ordem do dia (racismo, xenofobismo, poluição, entre outros) mas realizando a aula fora do espaço da sala, tendo os alunos a escolher o espaço de trabalho, que acabou a ocorrer no bar dos alunos que tem vista para o mar.
No global, os alunos redigiram textos criativos e abordaram questões pertinentes da sociedade em que vivemos. Quanto ao género e formato textual, a docente constatou alguma diversidade, contudo foi evidente o esforço, por parte de quase todos os alunos, para se aproximarem da estrutura textual solicitada, havendo alunos que, efetivamente, conseguiram alcançar o objetivo pretendido. A estratégia foi repetida em 2 turmas com resultados diferentes. Por um lado, a primeira turma, o 11º5 do Curso Profissional Técnico de Desporto, foi aliciada com a aula fora da sala e correspondeu com motivação a essa proposta. A segunda turma, o 11º6 do Curso Profissional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural, apesar de haver dúvidas e dificuldades iniciais, acabou por corresponder ao que foi solicitado tendo-se, porém, revelado menos entusiasmada com a saída do espaço da sala. Esta constatação sublinha a diferença dos alunos e das turmas, e aquilo que funciona para uns, não funciona da mesma forma para outros. Com esta segunda turma funcionou o exemplo dos colegas; ou seja, a docente leu à turma excertos de um texto produzido por um aluno da outra turma, que se tinha aproximado do formato textual pretendido e houve logo alunos “a meter mãos à obra”. Depois, a docente repetiu a estratégia; primeiro pediu a uma aluna, que já tinha elaborado o seu texto e tinha atingido os objetivos propostos, para o ler à turma. Visto que a aluna recusou, apesar da insistência da docente, foi esta última que acabou por o fazer e, desta forma, conseguiu motivar os outros alunos da turma a concretizarem a tarefa.
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os alunos apresentam respostas motivacionais diferentes mediante as mesmas estratégias de atuação e discutiram-se alguns exemplos diferentes da estratégia apresentada;
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muitas vezes os trabalhos dos alunos revelam criatividade/desempenho não esperados mediante resposta a uma ação com maior grau de liberdade na execução ou quando se introduz mudanças na regularidade (neste caso o espaço de trabalho), pelo que garantir alguma variabilidade na tipologia de aulas poderá trazer benefícios ao processo de ensino-aprendizagem, particularmente, incrementando a motivação dos alunos face à concretização de uma tarefa;
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neste sentido, destacaram-se como estratégias diferenciadoras a diversificação do espaço de trabalho, nomeadamente a saída da sala de aula para um espaço exterior e o exemplo dos colegas, tendo as mesmas produzido efeitos positivos. Salienta-se, assim, a necessidade de haver não apenas uma, mas mais do que uma estratégia a implementar.
RECURSOS:
Excertos produções escritas baseados na obra Sermão de Santo António aos peixes
COMO FAÇO NA MINHA SALA DE AULA
- Fichas de Trabalho / Debates: As propostas de resolução ou de discussão são apresentadas pelos alunos aos colegas que mostram a sua concordância/discordância, acrescentando informação até se concluir/corrigir/completar cada resposta ou intervenção;
- Questionamento: As diferentes questões são direcionadas para ir ao encontro do que se pretende, considerando-se o processo em fases ou etapas em que o tema é explorado gradualmente até se chegar a uma conclusão. Essa conclusão é redigida em síntese e volta a ser explorada para ajudar à consolidação;
- Apresentação / Vídeo: Estes recursos devem ser explorados com recurso a um guião com o objetivo da tarefa a realizar e devem incluir questões que podem ser exploradas durante ou no final da apresentação do recurso de forma a manter a atividade interativa reduzindo a passividade da assistência;
- Modelos e Mapas: O conteúdo é apresentado sempre com questionamento relacionando o tema com as imagens utilizadas, independentemente da sua fonte (manual, apresentação...), e também direcionando para locais (página xx, local xx) onde se pode encontrar informação acerca do assunto, ou para poderem responder às questões, ou esclarecer uma dúvida, ou para apenas revisitar o conteúdo;
- Trabalhos de Pesquisa: A organização deste trabalho deve ser orientada para um trabalho de grupo cuja constituição deve ser equilibrada e incluir alunos mais confortáveis com a temática, mas, também, outros que revelam maiores dificuldades. Os temas devem ser distribuídos, assim como um guião para a sua exploração concreta. O trabalho produzido deve ser alvo de uma primeira correção a partir da qual se fornecem sugestões de melhoria de forma que o grupo de trabalho possa completar a primeira versão concretizando a tarefa com sucesso e responsabilidade.
- Relatórios da Atividade Laboratorial: Estas tarefas devem ser acompanhadas por um guião do que se pretende facilitando a sua concretização e garantindo que os alunos não dispersam na reunião da informação a apresentar e mantendo o foco nos objetivos da atividade.
A UTILIZAÇÃO DA MESA DIGITALIZADORA COM O ONENOTE
Esta parte da sessão foi mais prática apresentando-se, inicialmente, a mesa digitalizadora e as suas funcionalidades como instrumento útil na apresentação de conteúdos, essencialmente, de forma digital. Explorou-se, também, o OneNote, e o Bloco de Notas agregado ao Microsoft Teams, explicando-se as configurações ao nível da criação de sessões, páginas e respetivos títulos, utilização de diferentes grelhas (quadro branco, linhas, quadrículas) e a sua agregação a outras aplicações que podem promover um trabalho de pesquisa ou a reunião de ideias para expor – padlet -ou até responder a um questionário com recurso ao kahoot ou até a utilização de jogos educativos através do educaplay.
EstudaFQ.pt – SALA DE AULA INVERTIDA E APRENDIZAGEM PERSOLANIZADA
RECURSOS:
Estuda FQ
AVALIAR PARA ENSINAR A APRENDER
RECURSOS:
Avaliar para ensinar a aprender
TD
AutoAv10
Autoavaliação - Grelha 1
A.L 1.1
Feedback1
Trabalho Cooperativo
AVALIAÇÃO COM SENTIDO
RECURSOS:
Apresentação
AVALIAÇÃO FORMATIVA
- Bilhete à saída: um exercício rápido que é realizado no final da aula e que depois é corrigido pela docente para identificar o que o aluno aprendeu e que deve ser alvo de feedback escrito;
- Bilhete à entrada: implica um pequeno exercício para analisar o que o aluno sabe acerca de determinado assunto para delinear a estratégia a usar na exposição do que se segue;
- Autoavaliação: pode ser realizada como lista de verificação das aprendizagens e pode ser anexada ao caderno para ser preenchida pelo próprio aluno que deve partilhar com o professor para identificar, essencialmente, os aspetos a melhorar/desenvolver/rever nas aulas seguintes;
- Autoavaliação de conteúdos: aplicar no final de um capítulo/ domínio/ subdomínio/ tema abordando as aprendizagens alcançadas ao longo de várias aulas, e associar estes resultados à observação direta para verificação da necessidade de ajuda do professor para clarificar um ou outro conceito em cada momento;
- Jogo do galo: organizam-se equipas de 2 jogadores e um árbitro, e criam-se “fichas” com 3 linhas e 3 colunas com exercícios a resolver no caderno e cujos resultados são apresentados nas linhas/ colunas/ diagonais após verificação da resolução pelo árbitro que precisaria verificar se tudo está correto e de acordo com a resolução que lhe terá sido previamente fornecida;
- Boletins de voto: estratégia que pode ser utilizada com cartões coloridos de vermelho e verde, por exemplo, para assinalar, em dado momento, se os alunos concordam ou não concordam com uma opinião/ resposta/ resolução ...;
- Copos coloridos: ao longo da aula usam-se 3 copos de cores diferentes; vermelho, amarelo e verde, para associar respetivamente às afirmações: não aprendi, estou com dificuldades e preciso de ajuda, ou aprendi, para, durante o trabalho autónomo, se identificarem os alunos a precisar de ajuda;
- Resumo A-B-C: recorrendo a letras disponibilizadas em cartões, solicita-se aos alunos escolher um cartão ao acaso para que este seja capaz de associar a letra a um conteúdo trabalhado explorando o seu conteúdo em ambiente de sala de aula;
- Rubricas de Avaliação: apresentam-se os critérios de avaliação e os níveis de desempenho ao aluno antes da realização de uma tarefa para que estes compreendam qual é o objetivo da TAF e o que se pretende que aprendam com a sua concretização.
RECURSOS:
Apresentação
Objetivos Critérios de Sucesso
Lista verificação Aprendizagem 2
Lista verificação Aprendizagem 1